Oxford compra a Strauss, antiga fábrica de cristais de Blumenau
18/12/2017
Resumo:
Oxford compra a Strauss, antiga fábrica de cristais de Blumenau
Oxford compra a Strauss, antiga fábrica de cristais de Blumenau <p>Em breve a marca Strauss voltará ao mercado de cristais sob a direção de novos donos. O prédio que abrigou a fábrica, as máquinas e o nome da antiga cristaleria de Blumenau, que <strong>fechou as portas em junho do ano passado</strong> depois de se afundar em dívidas, foram comprados pela Oxford, empresa de São Bento do Sul mais famosa por sua linha de louças de cerâmica e porcelana.</p><p>A venda ocorreu na manhã desta segunda-feira durante um leilão a céu aberto no pátio da sede da Strauss, no bairro Itoupava Central. Ex-funcionários acompanharam de perto todo o processo, que durou pouco mais de 15 minutos. O conjunto de bens estava avaliado em R$ 5,51 milhões, mas ninguém se manifestou na primeira chamada. Na segunda, que partia de uma oferta mínima de 70% desta quantia – R$ 3,85 milhões –, o diretor-superintendente da Oxford, Irineu Weihermann, foi o único a levantar a mão.</p><p>O lote arrematado em um único lance inclui dezenas de máquinas e fornos para a produção de cristais, móveis, equipamentos de informática, sucatas de veículos, a marca e o domínio <strong>strauss.com.br</strong> (que ainda está no ar), além de um terreno de 65 mil metros quadrados com pouco mais de 4 mil metros quadrados de área construída, incluindo áreas de escritório, depósito e produção.</p><p>Pelas regras do leilão, a Oxford precisou desembolsar 25% do valor ofertado no ato da compra e pode parcelar o restante em até 24 vezes. Segundo o leiloeiro Paulo Pizzolatti, a documentação foi encaminhada ainda nesta segunda-feira.</p><p><strong>Plano é ampliar linha</strong></p><p>Com o negócio, a Oxford planeja ganhar corpo no segmento de cristais, no qual entrou em 2009 após ter adquirido uma pequena fábrica do ramo de Pomerode. Hoje a empresa já tem uma linha de taças e copos que representa 5% do faturamento. O diretor Antônio Marcos Schroth diz que a meta, no futuro, é elevar esta fatia para até 20%.</p><p>Questionado pelo blog sobre a possibilidade de reativar a produção no mesmo prédio em Blumenau, Schroth diz que a Oxford ainda está avaliando o que fazer com os bens adquiridos, mas reforça que a aquisição faz parte da estratégia da companhia de crescer neste segmento, inclusive com mais produtos de cristal além de copos e taças.</p><p><strong>Nome forte</strong></p><p>Apesar de arranhada por um processo de falência, Schroth avalia que a marca Strauss ainda é bem vista pelo mercado. A própria disposição de uma empresa forte e importante como a Oxford de resgatá-la deve ajudar a abrir novas portas. Há terreno a avançar em nichos mais luxuosos, que valorizam uma experiência mais ampla de decoração e gastronomia que o vidro comum, ao contrário do cristal, não proporciona.</p><p><strong>Venda não paga todas as dívidas</strong></p><p>A Strauss solicitou a autofalência à Justiça no ano passado, pouco antes de fechar as portas e encerrar a produção, em junho, deixando cerca de 200 pessoas desempregadas. O pedido foi deferido
Fonte: DC